quarta-feira, dezembro 01, 2010

MATÉRIA A SER AVALIADA NO 2º TESTE

Olá,
neste segundo teste vão ser avaliados os conteúdos até ao  ponto 3.1 (A face da Terra. Continentes e  fundos oceânicos) do capítulo 3. Posso ainda colocar algumas questões relativamente ao métodos directos e indirectos (se sair só pode ser a gravimetria). Bom feriado e bom estudo!

PS. Aconselho a prestarem particular atenção à idade relativa e absoluta, à tectónica de placas, à formação do sistema solar e as características dos planetas do sistema solar ( o que demos de novo)....

domingo, outubro 31, 2010

RESUMOS

Olá!  Finalmente tive algum tempo para actualizar o blog. Deixo aqui alguns resumos da matéria. Não andem a imprimir tudo porque alguns destes resumos já tinha colocado antes.


    sábado, outubro 30, 2010

    Planetas Telúricos e Pequenos Corpos do Sistema Solar

    Apresentação explorada da aula --> (descarregar aqui)


         Actualmente considera-se que o Sistema Solar é constituído por uma estrela central (O SOL), à volta da qual orbitam 8 planetas principais (têm massa suficiente para terem gravidade própria e assumirem forma arredondada, e descrevem uma órbita desimpedida de outros astros). Existem ainda algumas dezenas de planetas secundários (planetas que orbitam à volta de outros planetas), alguns planetas-anões (planetas que embora orbitem à volta do Sol, não têm massa suficiente para ter gravidade própria e assumir uma forma arredondada, e a sua órbita muito excêntrica interferem com a órbita de outros astros),  e Pequenos Corpos do Sistema Solar (inúmeros asteróides, milhões de cometas e meteoróides,...)


    Exercícios Interactivos:

    Formação do Sistema Solar

    Que teorias foram propostas para a Formação do Sistema Solar?
    •  Hipótese da Colisão entre duas estrelas, com formação de planetas (Buffon, 1749): Num dado momento da história do universo ter-se-ia registado uma catástrofe. Um cometa teria chocado com o Sol, e deste choque teria resultado a emissão de um filamento de matéria solar, que acabou por arrefecer e condensar em planetas.
    • Hipótese da aproximação entre duas estrelas, sem colisão (Chamberlain e Multon, 1900): Antes de existirem os planetas, uma estrela teria passado junto ao Sol, e ter-lhe-ia arrancando alguns pedaços, devido à atracção gravítica. Estes pedaços acabariam por condensar em blocos que ficariam orbitando na direcção em que havia ter sido arrancados, formando, deste modo os planetas.
    • Teoria Nebular (Kant e Laplace, 1796): A formação do sistema Solar seria devido a contracção de uma nebulosa gasosa em rotação. Esta nebulosa teria adquirido rapidamente a forma de um disco com uma saliência na parte central. Essa saliência iria aumentando, assim como a velocidade de rotação, originando no centro o proto-sol. Dele, de tempos a tempos, saltar-se-iam anéis de matéria que iriam dando origem a cada um dos planetas conhecidos.

         Críticas a estas teorias:
    •  A Teoria de Buffon foi abandonada porque: a probabilidade de duas estrelas chocarem é praticamente nula pelo facto de estas se encontrarem a milhões de anos-luz umas das outras.  
    • Na Teoria de Chamberlain, a intervenção de uma estrela “intrusa”, explicaria o aparecimento de planetas, assim como a baixa velocidade de rotação do sol. Contudo esta teoria foi abandonada, por ser extremamente improvável a passagem de uma estrela tão próxima do sol. Além disso, o material arrancado acabaria por se desintegrar, não originando planetas.
    • No caso da Teoria nebular, a velocidade de rotação do sol deveria ser maior e os gases ejectados pelo sol deveriam ter-se espalhado pelo espaço, em vez de condensarem sob forma de planetas. 
         Actualmente considera-se que o Sol, a Terra e os restantes planetas do Sistema Solar tiveram uma génese comum, há cerca de 4600 M.a.
    A Teoria Nebular Reformulada (baseada na Teoria Nebular Original de Kant e Laplace) é considerada pelos astrónomos como a hipótese mais plausível para explicar a formação do Sistema Solar.
    A Teoria Nebular Reformulada considera a existência dos seguintes passos:

    • Numa zona do Universo existia uma nébula fria constituída por gases (H, He, ...), gelo e poeiras muito difusas;
    • existência de forças de atracção gravítica entre partículas no interior da nébula fizeram com que se tenha começado a contrair, a aquecer e a rodar sobre si mesma. A contracção da nébula levou a um aumento da sua velocidade de rotação.
    • Após anos a girar, a nébula terá começado a arrefecer e adquiriu a forma de um disco achatado – disco protoplanetário, em cujo centro existia uma saliência - O proto-sol -> SOL (no protosol terão começado desde logo a ocorrer reacções termonucleares);
    • Os materiais do disco protoplanetário foram arrefecendo e condensando em grãos de poeiras dispersas. Devido à atracção gravítica, estes grãos sólidos iam colidindo uns com os outros e juntando-se (sofreram acreção) formando corpos de maiores dimensões (até ~1km) chamados planetesimais (os “tijolos dos planetas”), que foram aumentando de tamanho devido a sucessivas colisões e acreções com outros planetesimais, até originar corpos maiores -  os protoplanetas, que depois se diferenciaram, formando os planetas. O aumento da massa permitiu a retenção de uma atmosfera à volta de alguns planetas.
    •  Os planetas telúricos ter-se-ao formado na zona mais interna do disco protoplanetário (zona mais quente) devido à colisão e acreção de metais e materiais rochosos. Os planetas gasosos ter-se-ão formado na zona mais externa do disco (zona mais fria), principalmente,  através da acreção de gases.
    • Os cometas e alguns asteróides são restos desses planetesimais, sendo, por isso, dos mais antigos corpos do Sistema Solar. Os primeiros planetas telúricos teriam aparecido nas zonas mais densas do disco proto-planetário, isto é, mais próximo do Sol, tendo a radiação solar impedido a incorporação dos elementos menos densos na constituição destes planetas, ficando a ser constituídos por elementos mais densos como o ferro, o níquel, e silicatos. Os planetas gigantes encontram-se mais afastados do Sol e isto foi consequência da radiação solar, que afastou da sua vizinhança a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso - devido à grande distância ao Sol, os gases passaram, em grande parte, ao estado sólido. Actualmente, a Teoria Nebular Reformulada está de acordo com as características gerais do Sistema Solar. 

    Exercícios Interactivos:

    domingo, outubro 24, 2010

    Mobilismo Geológico: Deriva Continental e Tectónica de Placas


       A Teria da Deriva dos Continentes

         Foi em 1912 que o meteorologista alemão Alfred Wegener apresentou uma teoria sobre a mobilidade dos continentes, denominada de “Teoria da Deriva dos Continentes”. Segundo aquele cientista, há 225 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único super-continente, a Pangea (do grego: todas as terras), rodeado pelo oceano Pantalassa. A Pangea começou depois a fragmentar-se, individualizando continentes que se movimentaram ate à posição que actualmente ocupam.

    Para fundamentar a Teoria da Deriva dos Continentes, Wegener baseou-se em diversos argumentos:
    • Morfológicos - a semelhança de encaixe entre as costas de diversos continentes, em particular entre a América do Sul e a África; 
    • Paleontológicos - a ocorrência de fósseis idênticos em zonas continentais hoje separadas por oceanos; 
    • Litológicos / Geológicos - a ocorrência de rochas idênticas em continentes hoje distantes. Wegener provou que as rochas das costas atlânticas da América do Sul e da africana tinham a mesma origem; 
    • Paleoclimáticos - a existência de marcas de depósitos glaciários em zonas onde actualmente existem climas tropicais, como em África
    A Teoria da Deriva dos Continentes foi muito controversa pelo facto de Wegener não conseguir explicar qual a força que fazia mover os continentes o que fez com que aquela fosse temporariamente esquecida. Só cerca de 50 anos mais tarde, com o aparecimento das técnicas de estudo e exploração dos fundos oceânicos, é que se retomou aquela teoria. O estudo dos fundos marinhos, nomeadamente no oceano Atlântico, forneceu novos dados: as rochas mais jovens encontram-se junto ao eixo central do oceano e as mais antigas perto dos continentes. Verificou-se que os fundos oceânicos estão a ser criados naqueles eixos centrais e que estão constantemente a ser destruídos junto às fossas oceânicas.


          A Teoria da Tectónica de Placas

          Estas novas descobertas, aliadas à Teoria da Deriva dos Continentes de Wegener, levaram ao aparecimento, na década de 60 do século XX, da Teoria da Tectónica de Placas. A Teoria da Tectónica de Placas parte do pressuposto de que a camada mais superficial da Terra - a litosfera - está fragmentada em várias placas de diversas dimensões que se movem umas relativamente às outras, sobre uma camada sólida, mais plástica e moldável, a astenosfera. Aquelas placas denominam-se placas litosféricas ou tectónicas e as zonas de contacto entre elas são geralmente regiões geologicamente activas, designadas por fronteiras ou limites de placa. A Teoria da Tectónica de Placas estabelece que, ao contrário do que pensava Wegener, não são os continentes que se movem mas sim as placas litosféricas. O movimento das placas deve-se à existência de correntes de convecção no manto terrestre.
    • Litosfera: camada mais exterior, rígida, constituída por crosta continental, crosta oceânica e uma parte do manto superior.
    • Astenosfera: Camada sólida mas plástica, constituída por uma parte do manto superior  e uma parte do manto inferior.  


    Tipos de limites das placas litosféricas:

    • Limites divergentes ou construtivos: O movimento relativo entre as duas placas faz com que elas se afastem uma da outra. Este tipo de limite encontra-se ao nível das dorsais oceânicas / riftes, ou seja, em locais onde a ascenção de magmas  até à superfície forma nova litosfera, fazendo com que as placas aí existentes se movam em sentidos opostos.
    • Limites convergentes ou destructivos: O movimento relativo entre as duas placas faz com que elas acabem por chocar uma com a outra, ocorrendo destruição de litosfera. Encontramos este tipo de limite ao nível das fossas oceânicas (zonas de subducção). O choque entre uma placa oceânica (+densa) e uma placa continental (menos densa), leva à subducção e destruição da placa mais densa (placa oceânica).
    • Limites transformantes ou conservativos: situam-se no limite de falhas transformantes que cortam transversalmente as dorsais. O movimento relativo entre as duas placas faz com que elas deslizem lateralmente uma em relação à outra,  não se verificando a formação nem a destruição de litosfera . A Falha de Santo André, nos EUA, também corresponde a um limite deste tipo.
    Exercícios Interactivos:  
       

      Catastrofismo e Uniformitarismo

           O Catastrofismo foi o princípio mais aceite até meados do século XVIII e o seu principal defensor foi Cuvier. Segundo esta teoria, as grandes alterações ocorridas à superfície da Terra, eram interpretadas como sendo consequência de fenómenos súbitos, violentos (catastróficos) e não cíclicos, associados a intervenção divina
           
          O Uniformitarismo, defendido por James Hutton no século XVIII, considera que as alterações que ocorrem na Terra, como a formação das rochas ou dos fósseis, são devidas a processos naturais e não devido a qualquer intervenção sobrenatural. 
           
            O uniformitarismo assenta nas seguintes  ideias principais: 
      • As leis naturais são constantes no espaço e no tempo; 
      • Os processos e acontecimentos geológicos que ocorrem na Terra são o resultado de acontecimentos cíclicos que se desenvolvem de forma tranquila, lenta e gradual – Principio do Gradualismo.
      • Os acontecimentos do passado podem ser explicados observando o mesmo tipo de fenómenos no presente – Princípio do Actualismo (defende que “o presente é a chave do passado”).
         O Neocatastrofismo é uma nova teoria que reconhece o uniformitarismo como o guia principal que permite entender os fenómenos geológicos, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham contribuído para eventuais alterações localizadas na superfície terrestre. O Neocastastrofismo associa as ideias catastróficas às uniformitaristas para explicar determinados fenómenos como a extinção dos dinossáurios. 

      quinta-feira, outubro 14, 2010

      Escala do Tempo Geológico

           Durante os séculos XIX e XX os geólogos usaram princípios de datação relativa e absoluta das rochas, cruzaram informação geológica de vários pontos do globo, tendo sido possível a construção da escala dos tempo geológicos ou escala estratigráfica - um calendário de idade relativa da história geológica da Terra. Cada intervalo de tempo desta escala é relacionável com um determinado conjunto de fósseis característicos. 
           Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam em eventos geológicos e  paleontológicos marcantes da história da Terra, como períodos em que ocorreu grande intensidade vulcânica, ou a extinção em massa de grande número famílias de seres vivos. A duração das divisões é tanto menor quanto mais recente é essa divisão, assim como são mais precisos os conhecimentos que possuímos desses períodos, pois a quantidade de informações e de registos fósseis que temos é maior. À medida que recuamos no passado, as informações vão sendo mais escassa. Devido à actividade interna e externa da Terra, muitos dos registos de acontecimentos do passado, que estavam presentes nas rochas, vão sendo destruídos.

      História da Vida na Terra
      Exercícios Interactivos:

      segunda-feira, outubro 11, 2010

      Importância dos Fósseis para o estudo da Terra

      ...brevemente...

      Datação relativa e datação absoluta

      Como fazer a datação radiométrica das rochas?

           A idade absoluta ou radiométrica permite-nos obter um valor numérico para a idade das rochas, determinado em milhões de anos (M.a.). A técnica utilizada para determinar a idade das formações geológicas em valores numéricos baseia-se na desintegração regular de isótopos radiactivos naturais, geralmente de potássio (K-40), rubídio (Rb-87), urânio (U-235 e U-238) e carbono (C-14), presentes as rochas. No momento da génese, as rochas podem incorporar nos minerais que as constituem átomos de um isótopo radiactivo, designado por ISÓTOPO-PAI. Como estes elementos são instáveis, o núcleo dos seus átomos desintegra-se espontaneamente, libertando radioactividade, isto é, energia sob a forma de calor e radiações, originando um novo isótopo mais estável, denominado de ISÓTOPO-FILHO.
            O tempo necessário para que se dê a desintegração ou decaimento radiactivo de metade de uma quantidade de isótopos-pai em átomos do isótopo-filho designa-se de PERÍODO DE SEMITRANSFORMAÇÃO ou SEMIVIDA (T ½) do elemento .

           O método de datação radiométrica baseia-se no facto de os isótopos radioactivos se desintegrarem espontaneamente, a uma velocidade constante, ao longo do tempo para cada um dos diferentes elementos radioactivos. A velocidade de decaimento não é afectada pelas condições ambientais (temperatura, humidade, pressão), o que torna o seu valor específico do elemento e não das condições a que esse elemento está sujeito. Após os testes em laboratório são feitos cálculos matemáticos adicionais que permitem construir um diagrama como o seguinte, designada curva de desintegração radioisótopo considerado.
       
      • No processo 4 a rocha possui 3 semividas logo a sua idade será  3 x 4 M.a. = 12 M.a.
      • Sabemos que a rocha no processo 3 tem 10 M.a. e que em termos de semividas já passaram 2 semividas, pelo que é fácil saber a quantos M.a. corresponde cada emivida:  10 M.a. / 2 = 5 M.a. 
       Exercícios Interactivos:

      sexta-feira, setembro 24, 2010

      A Terra e os seus subsistemas em interacção

      Apresentações exploradas em sala de aula:

      Bem vindo!